quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Sobre o silêncio das Cigarras...

Refúgio Peroba Rosa.

Verão sem o canto das cigarras, não é verão! Em minha infância, nesta época, em toda a cidade era possível ouvi-las... Hoje, devido a ausência de árvores e áreas verdes, quase não escutamos as cigarras! Momento de analisarmos as razões deste silêncio...

As cigarras são insetos. Existem mais de 1.500 espécies de cigarras conhecidas no Mundo. A espécie Carineta fasciculata é a mais comum no Brasil. Poucos sabem que as cigarras têm um ciclo de vida de um ou dois anos, sendo apenas três meses fora do solo!

Elas são notáveis devido à cantoria dos machos que é ouvida no período quente do ano. As larvas se desenvolvem sob a terra, se alimentando da seiva de raízes. As cigarras quase foram extintas em Rolândia, porque não temos árvores e áreas verdes suficientes! 

Fato pacífico, a Organização Mundial de Saúde recomenda um mínimo de 12 metros quadrados de área verde por habitante. Para nos enquadrarmos nos padrões exigidos pela OMS teríamos que possuir 720 mil metros quadrados de áreas verdes na Cidade! 

Estamos muito longe desta meta e a situação pode piorar: A atual administração aprovou uma Lei reduzindo as Áreas de Preservação Permanente de Fundos de Vale e está insistindo em vender inúmeras Áreas Verdes e Institucionais em diversos bairros!

Apesar do caos ambiental em Rolândia, em minha pequenina ilha verde (Refúgio Peroba Rosa) eu recordo os verões da minha infância... Por lá, os lagartos e as cigarras estão a mil! Também os pássaros estão felizes, pois chegou a hora de saborear as cigarras...

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