1 - Depois das eleições. Volta a rotina! Que
ironia! Não aprendemos nada?!
Um dia antes das eleições municipais uma jornalista brasileira,
que mora na Alemanha, publicou estar “fortemente preocupada com a política
anti-ambiental de sua cidade natal”. O apelo foi em vão, assim como tantos
outros gritos de alerta pela degradação ambiental. Parece que o anti-ambientalismo é profundo e geral. No 1º Mundo
a degradação ambiental já foi quase completa e no 3º Mundo não têm como frear.
Verificamos em nome de um “desenvolvimento” retrocessos graves na proteção do
patrimônio ambiental e uma ânsia consumista nunca antes vista do “inútil e
fútil”. Meio ambiente virou um simples chavão e o rótulo “sustentabilidade”
serve para qualquer negócio. O anti-ambientalismo se mostra na agressão física, acústica,
visual e na indiferença entre as pessoas, no individualismo, na crise
existencial e no modelo global de comportamento e economia. Analistas prevêem que um colapso é inevitável. Já é tarde para
brecar a situação. Mas para a reconstrução do mundo, no pós-colapso, podemos
fornecer valiosos elementos, como foi no pós-dilúvio da história da “Arca de
Noé”. Com esta visão positiva podemos de novo acreditar no impossível.
Unir esforços e, contra toda lógica do momento, realizar e dividir nossas
utopias. E, às vezes, nem precisamos inventar muito. A produção orgânica
é uma crescente realidade que pode ser aperfeiçoada. Formas alternativas de
associação e de troca são de novo experimentadas. O se aproximar dos ciclos da
vida não é só mais uma excentricidade. Muitas experiências ganham sustentação
científica e econômica. Conhecer, criar e divulgar modelos pode dar uma enorme
satisfação pessoal, além de nos tornar mais “humano”. Volta o divino
na vida pelo reconhecimento do que resta do paraíso na Terra.
2. Reflexão sobre o COMDEMA;
Há
muito tempo tenta se, através do Conselho Municipal do Meio Ambiente (COMDEMA),
agir contra o anti-ambientalismo em Rolândia. Num ambiente de desigualdade,
porém a luta é injusta, perigosa e sem sucesso. Por melhor que situações para
salvar ou proteger o meio ambiente são esclarecidas, no desequilíbrio de forças
o lado anti-ambientalista ganha. “Democracia
não é a ditadura da maioria” segundo o filósofo Edgar Morin. Portanto, um
conselho não é democrático se deixa de oferecer possibilidades de ganho de
causa a uma minoria. Participar de um órgão que se denomina “democrático” passa
a ser irresponsável, pois as minorias simplesmente servem para legitimar os
atos da maioria. Peço,
portanto que os membros do Conselho considerem esta colocação para que possamos
discutir qual é o melhor caminho de sermos realmente um conselho e não
meramente massa de manobra do sistema. Daniel Steidle, Rolândia, 09-10-12.
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