quarta-feira, 26 de julho de 2023

A Colônia Terra Nova em Castro!

Capela Santa Terezinha de Terra Nova

Sábado (22) participei do III Congresso do Rito Moderno em Ponta Grossa. Além da oportunidade de compartilhar e receber inúmeros conhecimentos maçônicos, estreitei laços  com valorosos Irmãos de várias regiões do Paraná e do Brasil. Aproveitando a estada nos Campos Gerais (com minha esposa e filhos) seguimos para Castro. No Domingo (23) revisitamos o Cânion Guartelá e a Colônia Terra Nova formada por alemães refugiados do nazismo entre os anos 1933 à 1937. Com a ascensão do nacional socialismo, meus bisavós Stegmann venderam a preço de banana seus bens e vieram com poucos recursos para Castro. Como a maioria dos imigrantes de Terra Nova Garcez eles não eram agricultores, não falavam português e não tinham noção alguma sobre agricultura tropical. Minha Oma contava histórias de sua infância em Castro. As brincadeiras nos campos, no mato, na escola... Eles enfrentaram inúmeras dificuldades. Seus Irmãos mais velhos (que haviam aprendido carpintaria na Alemanha) foram convidados para conhecer Rolândia, onde havia trabalho e se pagava bem. Montaram nos cavalos e vieram para o Norte do Paraná. Meus bisavós e a Oma (que era criança) ficaram na Colônia. Em Rolândia, meus Tios conseguiram trabalho, compraram um sítio e, após alguns anos, voltaram para Castro para buscar os pais e a irmãzinha. Eles deixaram tudo para trás: A casinha humilde, as terras e vieram para cá... História semelhante sucedeu-se com várias famílias: Algumas foram para Curitiba, São Paulo e outras voltaram para a Alemanha após o término da II Guerra. Em Terra Nova, visitei o Museu "Das Kolonistenhaus" onde fomos recebidos pelas simpaticíssimas curadoras. Elas me apresentaram algumas peças que foram doadas pelos Stegmann e mapas antigos (onde constam as propriedades de cada família). Depois seguimos até a belíssima Capela Santa Terezinha colhendo pinhões pelo caminho... Foi um passeio marcante que ficará eternizado em nossas memórias: Muito Obrigado!

Com as queridas curadoras do Museu do Colono.