quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Capítulo Getúlio Pereira Salerno recebe Moção de Elogio na Câmara de Rolândia!

Vereadores Andrezinho e Reginaldo entregam Moção.

Na última segunda (06) a Câmara Municipal de Rolândia conferiu ao Capítulo Getúlio Pereira Salerno n° 302 da Ordem DeMolay uma Moção de Congratulações pelos relevantes serviços prestados à comunidade e à juventude rolandense ao longo dos últimos 25 anos de trabalhos ininterruptos. A Moção foi proposta pelo Presidente da Câmara Municipal, Vereador Reginaldo Silva e contou com a aprovação unânime dos demais integrantes do Legislativo. Na ocasião, o Capítulo esteve representado pelo Presidente do Conselho Consultivo, Paulo Augusto Farina, pelo Primeiro Conselheiro eleito, Daniel Rodrigues Carvalho, pelo Escrivão Thomas Micheletti Ben-Farina e pelos DeMolays Matheus Zanin Beraldo e Leonardo Friguetto. Em nome do Conselho Consultivo, agradecemos aos Vereadores pela Moção de Elogio e reafirmamos nosso compromisso em continuar trabalhando por Deus, pela Pátria e por DeMolay! Avante Getúlio!

sábado, 4 de dezembro de 2021

A empatia que fede a hipocrisia!

 


Vivemos tempos sombrios. Embora haja uma reação em curso, é inegável que a sanha coletivista não perde seu ímpeto. O discurso coletivista, como um câncer, infesta os ambientes escolares, a mídia, os poderes, a cultura, a práxis empresarial e, pasmem, avança até mesmo sobre os esportes individuais e coletivos. Neste enredo repulsivo, inteligência e sucesso são considerados arrogância. Superação e determinação são consideradas narcisismo. A verdade ofende. A lei natural é injusta e opressiva. Os inimigos do povo são (e já foram) vários: Judeus, maçons, burgueses, empresários, não-vacinados, enfim: Todo aquele que não aceita colocar sua consciência no altar do coletivismo. A empatia desta gente fede a hipocrisia. Seus discursos causam náuseas! O amor pregado por eles é a pior espécie de egoísmo, vez que é parasitário, ressentido e invejoso. Via de regra são idólatras do Estado e seu evangelho é defecar regras sobre todos os aspectos da existência alheia. Nada escapa a tara maníaca desta gente: Nem a língua, muito menos a saúde ou o pensamento! Eles não perdem qualquer oportunidade. A ditadura do politicamente correto submeteu muitos seja por medo, conveniência ou necessidade de aceitação. Cancelou outros tantos na política, academia, esportes e cultura. O coletivismo é a maior razão da decadência da Civilização Ocidental e deixar-se moldar por ele é de uma covardia vergonhosa. 

terça-feira, 16 de novembro de 2021

Capítulo Getúlio Pereira Salerno completou 25 anos!


Prefeito, DeMolays e Família na inauguração!

Todos os eventos programados por ocasião do Jubileu de Prata do Capítulo Getúlio Pereira Salerno nº 302 da Ordem DeMolay foram concluídos com sucesso. No dia 08, em sessão solene na Loja Maçônica Ciência e Trabalho foi descerrada uma Placa Comemorativa homenageando todos os Past-Mestres Conselheiros e ex-Presidentes do Conselho Consultivo. No dia 09, foram plantadas mais de 25 árvores nativas, frutíferas e ornamentais na Praça Jacques DeMolay (Jardim Campo Belo) deixando o local ainda mais bonito e agradável. Na ocasião foram plantadas mudas das seguintes espécies: Pau Brasil, Peroba Rosa, Figueira Branca, Araucária, Jerivá, Uvaia, Jaracatiá, Acácia Mandurana, Jacarandá, Quaresmeira, Paineira, Sibipiruna, Guapuruvu e Cerejeira do Japão. No Sábado (13) o Prefeito Ailton Maistro, acompanhado pelo Secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Audinil Maringonda Júnior, estiveram na Praça verificando os trabalhos desenvolvidos e participando da inauguração de um Obelisco comemorativo. Vale ressaltar que o Capítulo Getúlio Pereira Salerno está em primeiro lugar no Brasil (em um universo de mais de 1.300 Capítulos DeMolays) sendo uma grande referência nos trabalhos filantrópicos, filosóficos e ritualísticos.

sábado, 30 de outubro de 2021

DeMolays farão plantio de árvores e inauguração de Obelisco em Rolândia!

Instalação do Obelisco dos 25 anos.

O Capítulo Getúlio Pereira Salerno da Ordem DeMolay está prestes a completar 25 anos de fundação em Rolândia. Em alusão à data, uma série de atividades estão sendo organizadas pelos membros do Capítulo e do Conselho Consultivo. Alguns dos eventos serão abertos ao público. No dia 09/11 (terça) às 14h, em conjunto com a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente haverá o plantio de mais 25 árvores na Praça Jacques DeMolay no Jardim Campo Belo. Já no Sábado (13/11) às 9h está prevista a inauguração do Obelisco comemorativo ao Jubileu de Prata do Capítulo. Este monumento está sendo ofertado pelos membros do Conselho Consultivo e está orientado no sentido Oriente - Ocidente. O vértice do Obelisco é um triângulo retângulo especial, em alusão ao esquadro maçônico e ao ângulo reto observado nas sessões ritualísticas da Ordem DeMolay. Todos serão bem vindos!

sábado, 11 de setembro de 2021

Pico X: Na Montanha com o Mestre!

 

Pico X visto do Primeiro de Maio!

Henrique (Vitamina) Schmidlin e Júlio César Fiori são dois ícones do Montanhismo Paranaense. Ouço histórias sobre o Vita desde os tempos de minha iniciação (há 18 anos) e acompanho os escritos de Fiori desde a fundação de Alta Montanha. O primeiro contato (virtual) com o Vita (por intermédio de Geraldo Barfknecht) deu-se devido ao movimento em prol do resgate do nome histórico do Pico Agudo de Sapopema (Ybiangi) e intensificou-se após a abertura da Travessia da Serra Grande de Ortigueira em 2020. Com o Fiori o diálogo iniciou-se em 2019, logo após completarmos a mítica Travessia Alpha Ômega no Marumbi.

Em 2020, recebi o convite para escrever um Capítulo sobre os Agudos do Tibagi para a obra Puro Montanhismo: Os Conquistadores, recentemente lançada. Dá pra imaginar o tamanho de minha alegria! Em um domingo chuvoso lancei-me às letras e enviei o esboço ao Fiori, esperando por um feedback inicial. Para minha surpresa, já na segunda, recebi uma mensagem dizendo que o Capítulo estava aprovado. Com as prévias e revisões, as conversas foram se tornando mais freqüentes e, por derradeiro, para comemorar o lançamento, Fiori me convidou para um jantar com o Vita e uma Montanha de minha escolha...

O feriado de 07 de Setembro se aproximava e as previsões climáticas eram otimistas. Na quarta contatei o Fiori e disse que ainda não conhecia o enigmático Pico X. A resposta foi direta: venha!  Na sexta, às 15h, com esposa e o filho mais velho, partimos de Rolândia. Seguimos para a Capital pela Rodovia do Cerne (para fugir das obras e outros inconvenientes). Próximo às 20h30 chegamos à casa do Fiori. Baita emoção! Finalmente, conheceria as duas lendas! Toquei o interfone e o Grande Fiori apareceu. Cumprimentos efusivos! Na sala, o Grande Mestre Vita me aguardava e, como velhos amigos, nos abraçamos!

No Jardim com os Mestres!

A mamãe foi recepcionada pelas simpaticíssimas Solange Fiori e Dulcinéia Schmidlin. Fiori nos conduziu ao jardim onde pude acender meu cachimbo, apreciar um bom vinho e conversar com os Mestres sobre os mais variados temas, além dos bastidores do nosso Montanhismo... Lá pelas 22h30 o Vita nos chamou a atenção: Precisávamos dormir para o dia seguinte. Seguimos para o hotel e deitamos às 24h. Os 450km somados à emoção do encontro e a expectativa pelo dia seguinte dificultaram o meu sono. A última vez que olhei o relógio eram 3h! Somente após ligar o foda-se, consegui dar uns cochilos...

O despertador tocou às 5h45 e começamos a arrumar as tralhas. Busquei o carro, tomamos um café no Hotel e seguimos para a casa do Fiori às 6h40. Partimos de Curitiba rumo à BR 277 e às 8h estacionamos em uma entradinha ao lado do começo da trilha. O Fiori me olhou sério e disse: Acho que está bom aqui. Existe um risco de sermos guinchados, mas dado o tráfego intenso do feriado prolongado, talvez eles não se preocupem com nossos carros... Fiquei ressabiado, mas concordei. Sem mais delongas, metemos os pés na trilha!

O trecho inicial é muito interessante e percorre o leito de uma antiga estrada (construída em 1980) exclusivamente para as carretas que transportavam equipamentos para a usina de Itaipu, vez que os viadutos da serra não suportariam o imenso peso da carga. Um pouco além, saímos da antiga estrada à esquerda e passamos a subir pesado. Fiori narrou que devido aos trabalhos de finalização, diagramação e lançamento do livro andava meio parado, mas como bom e velho montanhista que é ditou um bom ritmo à pernada!

Na Trilha Fantasma do Pico X.

Vários riachos se sucederam e a prosa fluía agradável. Após algumas horas, entre as imensas árvores repletas de bromélias e orquídeas, o Fiori nos mostrou a silhueta interessante da Touca de Duende. Paramos na cachoeira para fazer um lanche, antes de tocar direto para o Primeiro de Maio. Enquanto saboreava sua merecida cigarrilha, Fiori contou algumas de suas experiências andinas, de jovem mochileiro, além das façanhas ainda não publicadas do grande Vita.

O papo estava interessantíssimo, a paragem extremamente agradável, mas era preciso seguir em frente. Após mais 1h30 de caminhada chegamos aos campos do Primeiro de Maio. Um gigantesco mar de nuvens imperava na Serra e cobria o Pico X. Fiori me olhou e disse: Vou esperá-los aqui. Sigam em frente, em uma hora vocês chegarão ao Pico X. Agradeci ao Mestre. Agora era comigo. Toquei em frente e logo entramos novamente no império da Floresta Nebular.  

A trilha seguia em um rumo diferente do Pico X e logo chegamos ao Bosque Fantasmagórico. Neste ponto a trilha azimuta e, após um córrego, começa a subir as encostas. Gigantescos blocos de granito e a visível transição da vegetação eram o prenúncio da proximidade do cume. Pouco depois, atingimos os campos! Imediatamente escutamos um grito longínquo e avistamos o Fiori acenando para nós do Primeiro de Maio. O mar de nuvens estava fodástico!

Chegando ao Pico X

Fizemos algumas fotos, mas comentei que ainda não era o cume. Devia faltar pouco. A mamãe disse que estava satisfeita e que ficaria por ali apreciando o visual. Segui com o Thomas e após 15 minutos avistamos a pedra com a rústica escultura de metal onde se lê: Pico X. Os urubus alçaram voo e logo estávamos saltando blocos até o cume. Não encontramos a caixa do livro e presumo que a icônica escultura, infelizmente, terá o mesmo destino, já que se encontra solta.

Thomas com a icônica escultura.

Fizemos alguns registros, enquanto a mamãe gritava para retornarmos. Queríamos permanecer naquele cenário deslumbrante, mas 13h40 deixamos o cume. Próximo às 15h chegamos ao cruzo do Primeiro de Maio onde o Fiori nos aguardava. Ele indagou-me se o nível de esforço da trilha era comparado à Torre da Prata ou à Pedra Branca do Araraquara. Considero que minha resposta foi imprecisa, pois a memória desta última montanha é mais recente...

Começamos a descer forte. As horas se sucederam e a trilha parecia se alongar cada vez mais. Fiori perguntou ao Thomas se o ditado para baixo todo santo ajuda estava correto e a resposta foi contrária: É pra cima que todo santo ajuda! A luminosidade começava a diminuir e a cerração imperava. Aceleramos. Quando estávamos prestes a acender as lanternas, começamos a ouvir os ruídos dos veículos. Pouco mais adiante, chegamos à antiga estrada de Itaipu.

 Neste momento, Fiori lançou uma dúvida angustiante: Agora é torcer para não termos sido guinchados, ou para que as rodas ainda estejam nos veículos... Puta que pariu! Não é que ele tinha razão: Para um malandro, naquela confusão de véspera do feriadão, ter roubado nossas rodas, não teria sido tarefa difícil... Os estampidos dos motores foram aumentando e logo percebemos um clarão que indicava o final da trilha. Alívio geral ao vermos os veículos intactos!

A vida é uma marcha inexorável. Agora, o memorável jantar com os Mestres e a ascensão ao enigmático Pico X faziam parte de nossa memória. Já com saudades, abraçamos o Mestre, agradecemos pelo maravilhoso final de semana e renovamos o convite para os Agudos do Tibagi. Entramos no veículo já sob os últimos raios de sol e seguimos para Guaratuba onde um merecido descanso nos aguardava... 

Na Montanha com o Mestre!

NOTA: Após concluir este relato, o apresentei a mamãe. Ela comentou que teve a impressão que a história continua... Ainda bem! Estamos planejando nova empreitada em uma imponente Montanha que tenho namorado há muitos anos! Para minha imensa alegria, desde nossa primeira conversa, o Fiori abraçou com entusiasmo a ideia, já iniciou pesquisas e tem convocado um time de lendas para viabilizá-la! É isso aí, caros amigos e leitores: Aguardem as cenas dos próximos Capítulos...

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Sobre Tabacos e Cachimbos!


Quando pequeno admirava meu avô em seu ritual de preparar e fumar seu cigarro de palha com o bom e velho fumo Tietê. Não levei muito tempo para aprender a fazer cachimbos de argila e bambu que carregava, em minhas andanças pelo mato, experimentando todas as ervas que encontrava pelo caminho... Minhas preferidas eram hortelã, cabelo de milho e folhas de chuchu. O primeiro tabaco foi presente do Piu, amigo do Tio Roger: Borkun Riff cherry! Na adolescência, os amigos começaram a descobrir o cigarro, as bebidas... Uma vez desci com a tropa a um cafezal próximo de casa para experimentar o ‘maledeto’ cigarro. O sarro foi geral! Como não sabia tragar, logo me apelidaram de Continental. À época aprendi a tragar, acabei abandonando o pipe e abraçando o Marlboro. Péssima escolha. Foram 20 anos de cigarro, 10 deles fumando palheiros. Aos 35, fui acometido de uma tosse infernal. Fiquei 3 anos sem fumar. Traumatizado com o hábito de tragar só fui criar coragem para retornar ao pipe há 3 anos. Que diferença! Tosse zero e melhor rendimento nos esportes: 3 km de natação e uma hora de musculação por dia. Aos finais de semana, 20 km de corrida. O montanhismo continua firme sempre que surge uma oportunidade. Nestes anos experimentei diversos tabacos nacionais e importados. Os nacionais evoluíram bastante (destaque ao Finamore e  Giovanella) e o custo benefício em relação ao cigarro (econômico e físico) são evidentes. Pipe aceso e saudações à Confraria!

sexta-feira, 30 de julho de 2021

Prata: O Distrito fantasma de Cambé!

Capela Santa Terezinha no Distrito da Prata.

Com o declínio da cultura cafeeira após a geada negra de 1975, houve um grande êxodo rural. Ainda hoje é possível encontrar ruínas de igrejas, vendas e vilarejos em praticamente todos os Municípios do Norte do Paraná. Infelizmente, com o passar do tempo, esta história está desaparecendo. Neste fim de semana, decidimos revisitar um Distrito de Cambé, outrora pujante, com Cartório, Igreja, Escola, Salão Comunitário e até um Cemitério. Trata-se da Prata. Estive duas vezes lá, de passagem, nos velhos tempos de MTB. Desta vez, retornei com a Família para procurar as ruínas do antigo Cemitério, ou melhor: o que sobrou dele! Em rápida pesquisa na internet encontrei a Lei Municipal nº 362/78 que, em seu Artigo 14, inciso I, enumerou os dois cemitérios convencionais do Município vizinho: “o cemitério municipal de Cambé e o localizado na sede do Distrito da Prata”.  Assim sendo, a Lei atesta que o Cemitério esteve ativo, pelo menos, até o ano de 1978. Jair Zerbinati, nascido no Distrito, narra que a área do Cemitério possui um solo piçarrento. As covas eram rasas, sendo comum o sepultamento de corpos envoltos em lençóis brancos... Por esta razão, diversas vezes, encontraram covas reviradas por tatupebas carniceiros... Pois bem. Munido destas informações, convidei meu cunhado Tuka e partimos de Rolândia às 15h. Chegamos à Prata perto das 16h. Estacionamos na Igreja abandonada e passeamos pelas ruínas da escola e salão comunitário. Hoje restam no Distrito 5 casas. Decidi procurar o Cemitério em um capão de mato atrás da Igreja. Nem um sinal de jazigos, tijolos, etc... A família começou a me olhar desconfiada, mas não me dei por rogado! Ao retornar aos veículos encontrei um morador que me informou a localização do Cemitério. Segui pela estrada 400 metros pra frente da Igreja. Ingressamos em uma plantação à esquerda e caminhamos 200 metros até o antigo Cemitério (hoje um capão de mato com aproximadamente 3.700 m2). Não há trilhas e a mata é uma quiçaça repleta de colonhão, cipós e árvores pioneiras... Logo começamos a observar restos de tijolos, potes de vidro, metal e telhas de cerâmica. Aqui e ali registrei a presença de vegetais exóticos, provavelmente plantados na época em que o Cemitério estava ativo. Meus filhos e o cunhado decidiram retornar e eu continuei investigando melhor a área. Mais adiante, próximo as ruínas de um jazigo, encontrei uma coroa funerária e uma cruz metálica que, coincidentemente, havia sido registrada por estudantes da UEL anos atrás... Em resumo: A Prata está sendo corroída pelo tempo! Em breve só restarão causos,  lendas e logo chegará o dia em que, lamentavelmente, todas estas memórias serão perdidas!

Cruz e coroa metálica do Cemitério abandonado. Foto Danilo Amaral.

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Puro Montanhismo vem aí!

 

O montanhismo paranaense será brindado com mais uma brilhante obra. Escrita por Júlio César Fiori e orientada pelo lendário Henrique Paulo Schmidlin (Vitamina) o livro de 365 páginas é uma autêntica enciclopédia sobre todas as fases do Montanhismo Paranaense (desde a conquista do Marumbi, em 1879, até os dias atuais). As empreitadas pioneiras nas principais montanhas da Serra do Mar estão perfeitamente ambientadas nos respectivos contextos históricos tornando a narrativa ainda mais interessante e envolvente. Os detalhes das incursões, mapas, planejamento, relatos e fotografias de época constituem um valioso trabalho de pesquisa. A obstinação dos principais personagens do nosso Montanhismo é retratada em uma prosa da mais alta qualidade literária. Outro inegável mérito é manter viva a tradição, o pioneirismo e o espírito de conquista do Montanhismo Paranaense nestes 141 anos de História. Nesta obra apaixonante e inspiradora, tive a honra de colaborar, modestamente, com um Capítulo sobre os Agudos do Tibagi. Sem dúvida, trata-se de uma leitura que expandirá os horizontes de todos os amantes das nossas Montanhas!

quinta-feira, 10 de junho de 2021

Mais uma batalha vencida!

Algumas horas após o procedimento...

Nos últimos anos as provações se sucederam de maneira mais intensa. Aos 36, fui acometido por uma retite inespecífica que me afligiu por dois anos. Vencida esta enfermidade, por insistência de minha esposa, fiz minha primeira consulta ao cardiologista. Foi quando descobri uma arritmia ventricular complexa. Fiquei atônito com a notícia, afinal pratico esportes desde a adolescência e nunca senti qualquer mal-estar... Achava estranho não conseguir contar as pulsações após os tiros de natação, mas ali estava a resposta! Dr. Sant´Ana receitou um tratamento com hemifumarato de bisoprolol e eu segui minha rotina assintomática de trabalho e esportes por dois anos... No fim de 2020, resolvi retornar ao médico e novos exames indicaram que, apesar da medicação, as arritmias estavam em 33%! Eram mais de 29.000 por dia! Foi foda... Meu médico pediu uma ressonância magnética do coração para investigar possíveis causas. Este exame é do balacobaco, principalmente durante o estresse farmacológico provocado por Dipiridamol. Pois bem. Felizmente, a ressonância revelou que tenho um coração saudável, logo minha arritmia provavelmente era de origem congênita. Preocupado, meu cardiologista resolveu dobrar a dose do medicamento, enquanto eu (por conta própria) resolvi cortar a cafeína e reduzir a nicotina. Em maio repeti o Holter e as arritmias continuavam superiores a 30%. O médico explicou que poderíamos tentar outras drogas, mas, com o tempo, os efeitos colaterais seriam inevitáveis. Deixar a situação como estava também não era opção, pois, com os anos, a arritmia poderia me levar à insuficiência cardíaca. Foi então que ele me recomendou fazer uma ablação. Este procedimento, por cateter, identifica a origem da arritmia e a cauteriza, eliminando o problema. Topei na hora! Ele me encaminhou ao Dr. Cláudio Caetano de Faria Jr. que solucionou minhas dúvidas e marcou a cirurgia. Tudo isso levou duas semanas. O procedimento foi tranquilo. Dr. Cláudio revelou que o foco da arritmia estava no interior do músculo cardíaco, o que exigiu uma minuciosa cauterização. Fiquei seis horas em recuperação e recebi alta no mesmo dia. Minha esposa tem auscultado meu coração e não notou nenhuma arritmia até o momento! Em duas semanas passarei por nova avaliação. Segundo os médicos, com o coração normal, terei mais disposição, embora esta nunca tenha me faltado nestes 40 anos. Em poucos dias retornarei ao trabalho, logo mais aos treinos e após um mês, à Montanha onde pretendo lançar-me em mais uma empreitada inédita em parceria com nosso Grão Mestre Henrique Paulo Schmidlin (o Vitamina) e seu Adjunto, o Grande Júlio César Fiori. Meus agradecimentos à equipe médica e aos que oraram pelo sucesso do procedimento! Le Chaim!

segunda-feira, 17 de maio de 2021

Apenas um excêntrico?


Desde criança fui considerado um excêntrico. Minhas brincadeiras eram totalmente incomuns. Convenhamos: Quantas crianças se divertem construindo chaminés, encanamentos ou redes elétricas de maneira obstinada? Quantas acham graça em brincar de serem candidatas, com direito a santinhos, cartazes e comícios na vizinhança? Em 40 anos de vida, não encontrei outra. Poderia continuar enumerando diversos outros hiperfocos do pretérito ou do presente, mas creio que estes exemplos já são suficientes. Embora tenha desenvolvido habilidades comunicativas (benefício que a política me trouxe, a custo de alguns traumas), confesso que sempre tive dificuldades em entender certas regras, comportamentos e etiquetas sociais. Até hoje, apesar da vigilância constante, vez ou outra, dou um bola fora... O que para a maioria é normal, para mim não faz muito sentido e vice-versa! Apesar dos pesares, com o tempo fui me conformando e adaptando... Eu sou assim, fazer o quê! Pois bem. Há um ano, um dos meus filhos foi diagnosticado com a síndrome de Asperger (autismo leve ou de alto desempenho). Como a síndrome é genética em 90% dos casos, resolvi fazer o Aspie-Quiz. Nenhuma surpresa: O resultado foi que tenho ambas características (neurotípicas e neurodiversas), ou seja: Provavelmente também estou no espectro! O teste não é oficial, não substitui o diagnóstico médico e possui confiabilidade de 70 a 85%. Mas isto já explica muita coisa...

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Morro Cabaraquara e Pedra Branca do Araraquara!

Baía de Guaratuba, vista do Cume do Cabaraquara!


Sempre que desço ao Litoral, procuro encaixar uma Montanha no itinerário, afinal pé vermelho não pode perder a viagem! 2021 foi a vez de duas belíssimas Montanhas de Guaratuba: O Morro do Cabaraquara (480 metros s.n.m), localizado no lado direito da Baía, no Parque Nacional Saint Hilaire/Lange e a Pedra Branca do Araraquara (1.230 metros s.n.m) imponente maciço que se destaca para quem trafega na BR 101/376, na divisa entre Paraná e Santa Catarina.

No primeiro dia de sol, o destino escolhido foi o Cabaraquara. Acompanharam-me esposa, sogro e o filho do meio, Benjamin (10 anos). Deixamos o carro no estacionamento do Ferry Boat e cruzamos a Baía na Balsa. Caminhamos até a base da Montanha e logo ingressamos em uma estradinha que sobe em direção ao Morro. Encontramos o início da trilha entre ruínas de uma antiga chácara. Cruzamos um riacho, onde nos refrescamos do calor do verão.

Benjamin no Riacho...


A caminhada se dá, toda, por fragmentos preservados da exuberante Mata Atlântica. O Benjamin, apesar do cansaço, conseguiu manter um bom ritmo e em cerca de uma hora alcançamos o cume florestado da Montanha, pelo lado oposto à Baía. Seguimos a trilha até uma clareira de onde se têm um belo visual da Baía e seus manguezais, Cidade de Guaratuba e das Serras do Araraquara (nosso próximo destino), Guarapari e do Quiriri, lá no fundo da Baía...

Uma caminhada leve e gratificante, obrigatória para quem curte um visual de Montanha e está de férias em nosso Litoral. Com um dos objetivos concluídos, passei os dias seguintes praticando natação e lagarteando na praia. Os dias estavam excelentes, o mar calmo e cristalino e, por este motivo, acabei adiando a Pedra Branca do Araraquara até a véspera de nosso regresso...

Cidade de Guaratuba, vista do Cume.


Infelizmente, não foi uma boa decisão. O dia escolhido amanheceu meio cagado, com muitas nuvens na Serra, mas um tímido solzinho no Litoral. Se não fosse agora, só ano que vem. Intimei a esposa e meu filho mais velho e eles acabaram aceitando arriscar a presepada. Fomos perguntando até encontrar uma Chácara, praticamente na margem da BR 101/376 de onde partimos de ataque, por volta das 9h. 

Mamãe, no início da Caminhada.

Atravessamos o Rio São João por uma pinguela e seguimos pelos oleodutos da Petrobrás até uma "quase" imperceptível trilha. Seguimos uns 30 minutos até a estrada abandonada que, segundo relatou o Fiori, era utilizada por madeireiros em meados do século passado. Este caminho é perceptível e segue acompanhando o Rio Bonito até atingir a crista da Serra, de onde parte a trilha que leva ao cume da Montanha, em um traçado natural e bastante óbvio.

Trecho da trilha na antiga estradinha

Seguimos em um ritmo forte até alcançarmos o platô da Serra. O cenário era de tela branca, intercalada por períodos de garoa. Em um dos mirantes, conseguimos avistar a BR 101/376, a praça de pedágio e os contrafortes da Serra do Quiriri. Às 11h paramos no riacho do Platô para lanchar e descansar. A trilha estava fechada, pois, segundo os moradores, 2020 foi um ano de pouco movimento nesta Montanha.

Tocamos em frente mais uma 1h30 e nada de chegarmos ao bendito livro! A tela branca e a garoa não davam trégua e a família começou a desanimar. Tentei manter o moral da equipe, mas a patroa decidiu parar, dando alvará para prosseguirmos. Não gosto deste tipo de situação, mas abri uma exceção, pois sentia que o Livro estava perto. Segui com o Thomas, quando percebi uma cumeada destacada na tela branca. Aceleramos e, ao chegar ao cimo, encontramos o Livro! Eram 12h45. A garoa começou a engrossar, fizemos nosso registro, algumas fotos e retornamos no trote!

Thomas assinando o Livro de Cume.

Cerca de 15 minutos depois encontrei a mamãe. Expliquei que o livro estava pertinho, mas ela se deu por satisfeita. Partimos sem delongas, afinal teríamos mais 7 km de trilha sob chuva. Alguns escorregões aqui e ali e, quando deixamos o platô, a tela branca se dissipou. Era uma nuvem, estacionada no cume! Dali por diante, aproveitamos melhor o espetáculo de sons e cores da Mata Atlântica. Apesar dos percalços, a Pedra Branca do Araraquara é uma Montanha fodástica que faz jus a sua fama: Um dia, retornaremos...

sábado, 27 de março de 2021

Os Agudos do Tibagi!

Ybiangi, visto do Morro do Taff, 2007.

     Manhã de geada, inverno de 1989. Da sacada de sua casa, em Rolândia, um menino contempla o horizonte. Diante dele, o imenso vale do Tibagi. Plantações a perder de vista, sítios, florestas e estradas formavam interessantes formas geométricas, de variadas colorações. Mais além, identifica as silhuetas dos edifícios de Londrina. Seu olhar ávido e atento segue para o sul e encontra uma montanha distante, em forma de Pirâmide. Maravilhado, chama sua mãe, mostra a descoberta e pergunta: Que montanha é aquela? Onde fica? Como se chama? Será que alguém já subiu lá?  A mãe não sabia, mas propôs ao menino que a batizasse: Parece uma Pirâmide, mãe... E seguiram nomeando as demais montanhas no horizonte. Décadas se passaram, o menino cresceu e continuava sonhando com o dia em que pisaria no cume de sua Pirâmide...


Cume do Ybiangi, 2008.


     Sempre que descia a Graciosa com a família rumo ao Litoral, o menino extasiava-se com a imponência da Serra do Mar. Sentia uma espécie de ligação transcendental com as Montanhas, tal como o devoto diante de um Santuário... Uma placa, em uma das curvas da Graciosa, lhe chamou a atenção. Ela dizia: “Marumbi, o sonho não acabou”. Perguntou ao Pai o que era o Marumbi. Ele respondeu: Acho que é aquela Montanha gigante ali! O menino ficou boquiaberto... Anos mais tarde, ouviu um relato de seu tio que havia encarado um perrengue no Marumbi. O sonho de ascendê-lo, só foi realizar-se em 2003, no Abrolhos. Depois vieram Olimpo, Paraná, Caratuva, Itapiroca, mas a Pirâmide de sua infância continuava no horizonte, incógnita, imponente e desafiadora... Com o tempo, o jovem formou uma equipe e conheceu outros Montanhistas em Rolândia, Cambé e Londrina... Todos freqüentavam a Serra do Mar, mas ninguém sabia nada sobre a Montanha incógnita. Na internet, nem uma foto. Nem um relato. Nenhuma pista. O mistério persistia...

 

Ybiangi visto do Vale do Esperança.
              

Em 2006, o jovem se casou e teve seu primeiro filho. O tio de sua esposa, era marumbinista. Havia cursado Engenharia Mecânica na Federal do Paraná. Os laços de fraternidade, o levaram a escolhê-lo como padrinho de seu filho. Moravam no mesmo bairro e costumavam sair para caminhar ao entardecer. Falavam sobre Montanhas, Literatura, Maçonaria... Em uma tarde de inverno, o jovem mostra ao compadre a Montanha incógnita: E aquela lá? Como se chama? Onde fica? Finalmente, recebeu uma pista: Ouvi falar que se chama Pico Agudo e fica em São Jerônimo da Serra. Pouco tempo depois o jovem organizou uma expedição com dois amigos, a procura da Montanha. Ao chegar em São Jerônimo, perguntou pelo Pico Agudo. Informações desencontradas o conduziram em direção à Terra Nova. Próximo ao Distrito observou o belíssimo skyline da Serra ao sul. Seguiu perguntando e buscando estradas que o levassem na direção do Agudo. No alto de um espigão, havia um carreador que descia para o interior do vale. Como não havia outra alternativa, lançaram-se ladeira abaixo, com um Fiat uno. Chegaram ao sítio da família Truber. Foram bem recebidos. Pediram informações. Confirmaram que seria necessário cruzar o profundo vale do Rio Esperança, afinal o Pico estava em Sapopema.  Ansiosos, meteram a mochila nas costas e lançaram-se ribanceira abaixo. Caminharam algumas horas até chegar ao fundo do Cânion. Paredões de ardósia, nas margens do rio, conferiam aos remansos lindíssimos tons de azul e verde. Apelidaram a paragem de Valfenda. Atravessaram o Rio. A vegetação era espinescente. Levaram horas até divisar o imponente paredão de um majestoso Pico. Seguiram na direção da Montanha. Constataram que era a Serra Chata. Encontraram um caminho precário que levava ao pé do Pico Agudo. Chegaram a uma choupana, mas não havia ninguém. Exaustos, embrenharam-se novamente no mato em direção ao cume. Alcançaram a base do paredão perto do crepúsculo. Tiveram que cavar um local onde conseguiram armar uma barraca... Passaram a noite espremidos, no terreno inclinado... Na manhã seguinte puseram-se a procurar um local que permitisse a escalada do paredão. Há quinze metros do cume, em um trecho vertical, uma rocha se desprende e acaba acertando o joelho de um dos excursionistas. Definitivamente, aquele setor não era propício para uma trilha. Como não havia tempo hábil para novas tentativas, retornaram. No pé da Montanha encontraram o morador da choupana, Livercino. Ele explicou que o melhor caminho para chegar ali (Fazenda I-Nhó-Ó) era pelo Bairro Lambari e indicou uma fenda por onde alguns moradores da região, eventualmente, costumavam subi-lo. O cume ficaria para a próxima...

                              

Cume do Ybiangi visto da Agulha de Maack.

  Algumas semanas após, o jovem convenceu seu pai a acompanhá-lo em uma nova incursão. Não havia trilha definida e os caminhos de gado pelo capim colonhão dificultavam a orientação. Chegaram próximos ao local indicado por Livercino e puseram-se a escalaminhar o paredão. Com alguma dificuldade chegaram ao cume. Contemplaram um 360 de tirar o fôlego. Instintivamente, o Jovem fixou como meta percorrer todos os cumes da fantástica Serra. Encontraram um caderno instalado algumas semanas antes pela equipe do escalador curitibano Andrey Romaniuk que, em 2011, em companhia de Alessandro Haiduke, conquistaram a Torre Menor do Ybiangi e a batizaram como ‘Agulha Reinhard Maack’. 2007 foi o divisor de águas na história do Pico Agudo. Os primeiros relatos e imagens na internet romperam definitivamente o anonimato da Montanha e começaram a atrair outros aventureiros de várias regiões do Paraná. Em apenas uma década, o turismo explodiu e, com ele, surgiram as pousadas, restaurantes, luz elétrica, guias credenciados, cobrança de ingressos e melhor infraestrutura (que reduziram em 2/3 a caminhada para o cume da Montanha). Neste período houve a instalação de correntes, degraus e cordas para o conforto e segurança dos turistas. Desde então, tal como as principais montanhas da Serra do Mar, o Ybiangi vem sofrendo com a degradação e o vandalismo. Atualmente, medidas de preservação e conscientização vêm sendo implementadas pelos gestores da RPPN e do Município de Sapopema.

                                                      

Visual do Morro Caviúna (Face Norte da Serra Grande) 

Com a atenção da mídia e dos turistas completamente voltadas para o Ybiangi, o jovem (perto dos seus 40 anos) seguia abrindo trilhas por sua amada Serra. Esteve no Taff (2008), Serra Chata (2015) e Agulha Reinhard Maack (2018). Em maio e junho de 2020, abriu a sonhada Travessia da Serra Grande, percorrendo o Pico do Meio, Portal e as cristas topográficas do platô da Face Norte batizadas como Calcanhar (1.054m), Guarani (1.036m) e Caviúna (1.040m). Como um dos protagonistas e testemunha da história recente do Ybiangi imagina que, em pouco tempo, o puro Montanhismo que ainda pode ser vivenciado nas cumeadas menos famosas e mais agrestes dos Agudos, fatalmente darão lugar as agências de turismo, comodidades, burocracia, ingressos e autorizações...

(Escrito para o Livro 'Puro Montanhismo: Os Conquistadores' de Júlio César Fiori e Henrique Paulo Schmidlin, p. 346 à 350)

sábado, 13 de março de 2021

Homenagem à Murilo Gatti!


Quanto mais o tempo passa, mais sou absorvido pelos compromissos... Filhos, esposa, empresa, prazos, processos, contas, obras, DeMolay, Maçonaria, esportes... Tudo isso me faz bem. Entre um compromisso e outro, me pego pensando: preciso escrever... Mas falta tempo. Há poucos dias, perdi um grande amigo que merece minha homenagem: Murilo Gatti. Muito já foi dito sobre sua corajosa batalha contra o câncer, sobre como foi um excelente jornalista, pai, filho, irmão, amigo e marido. Murilo é uma unanimidade entre nós! Nunca deixei de acompanhá-lo e, revirando meus arquivos, reli suas matérias e colunas... Saudades! Murilo era apaixonado por política e literatura. Participou da fundação do Jornal de Rolândia e cobria a Câmara Municipal. Eu era Vereador. Após as sessões, saíamos para tomar cerveja no Bicudo. Éramos jovens... Debatíamos sobre tudo: Kafka, Dostoievski, Hesse, as matérias do Legislativo, processos judiciais, política nacional, internacional, metafísica... Eu era militante de esquerda. Murilo já estava além. Chamava minha atenção com a sutileza que lhe era peculiar. Fazia-me refletir. Parece que tinha intuição do que estava por vir nos anos seguintes! Vai saber... Tive a honra de contar com seu apoio nas eleições de 2004. Fizemos uma boa votação, mas o partido não atingiu o coeficiente eleitoral. Fazer o que? É a vida... Sou eternamente grato e, felizmente, tive a chance de dizer e demonstrar isso a ele. Acompanhei o início de seu casamento, o nascimento de sua primeira filha e os primeiros passos da carreira em Maringá. Lá ele se tornou referência no jornalismo paranaense. Eu sabia! Murilão era bom em tudo que fazia. Como sei que ele acreditava na corrente de Luz Eterna, encerro com sua clássica e significativa frase: É a vida e a vida continua... Até breve, meu Irmão!

sábado, 23 de janeiro de 2021

Governador assina municipalização da Av. Marzadema!

O Governador do Paraná, Carlos Massa Júnior.


O imbróglio envolvendo o DER e comerciantes do Distrito de São Martinho está chegando ao fim. Foram anos de processos judiciais, pedidos de reintegração de posse e demolição por parte do DER que causaram transtornos e mobilizaram a comunidade do Distrito de Rolândia. No último dia 21, o Governador do Paraná, Ratinho Júnior, publicou no Diário Oficial o Decreto nº 6.646/2021 que oficializou a municipalização do trecho urbano da PR 170 (Av. Marzadema). Doravante, os trechos urbanos da PR 170 localizados no distrito de São Martinho, passarão a integrar a jurisdição do Município de Rolândia e, consoante, o Artigo 1º, Parágrafo Único “estão excluídos do Sistema Rodoviário Estadual”. Ontem juntei o Decreto na Ação de Reintegração de Posse movida pelo DER contra um comerciante de São Martinho requerendo a revogação da decisão queautoriza o DER a realizar a imediata demolição de construções sobre a faixa de domínio, no prazo de 20 (vinte) dias, com o auxílio de reforço policial” caso necessário. O Juiz Renato Cruz de Oliveira Junior determinou a intimação do DER para se manifestar em 15 dias e, após, deverá decidir se mantém ou não a decisão acerca da demolição das construções em São Martinho.

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Ordem DeMolay em Rolândia: Rumo aos 25 anos!

Membros do Capítulo DeMolay de Rolândia.
 

O Capítulo DeMolay Getúlio Pereira Salerno nº 302 foi fundado em 09 de novembro de 1996 por iniciativa da Augusta e Respeitável Grande Benfeitora Loja Simbólica Ciência e Trabalho de Rolândia. Devido ao grande labor em prol da juventude e da comunidade rolandense, a Câmara de Vereadores aprovou Lei instituindo o dia 09 de Novembro como Dia Municipal DeMolay.

Ao longo de quase 25 anos de existência, centenas de jovens estiveram presentes em suas fileiras, vivenciando as sete virtudes cardeais da Ordem Demolay: Amor Filial, Reverência pelas Coisas Sagradas, Cortesia, Companheirismo, Fidelidade, Pureza e Patriotismo. Hoje são pais, empresários, médicos, advogados, policiais, arquitetos, engenheiros e trabalhadores nos mais diversos setores da iniciativa privada e pública.

Durante sua história, o Capítulo promoveu diversas atividades e campanhas em prol das entidades filantrópicas de Rolândia, dentre elas: APAE, Hospital São Rafael, Casa de Repouso Manaim, Lar Infantil André Luiz, Lar Infantil Leão Pitta, Unidade Social Nossa Senhora Aparecida, Lar dos Idosos Caibar Shutel, dentre outras. Também promoveu e participou de iniciativas ambientais como plantio de árvores e limpeza de praças, além da organização Seminários educativos e eventos esportivos.

Todas estas ações estão em sintonia com os princípios e objetivos da Ordem DeMolay que é uma Fraternidade Iniciática, Filantrópica e Filosófica que visa transformar seus membros em melhores cidadãos e líderes. Desde sua fundação, em 18 de Março de 1919 em Kansas City, EUA, mais de 2,5 milhões de jovens estiveram em suas fileiras. Personalidades como Walt Disney, Bill Clinton e Neil Armstrong são alguns exemplos. É considerada pela ONU como uma organização não-governamental de importância fundamental. No Brasil, a Ordem completou 40 anos de existência.

A Iniciação DeMolay é conferida aos jovens do sexo masculino com mais de 12 anos, mediante indicação. Os estudos práticos e teóricos são desenvolvidos nos Graus Capitulares e nas Sublimes Ordens de Cavalaria. A jornada como Demolay ativo se encerra aos 21 anos, porém o jovem pode continuar contribuindo com o Capítulo na qualidade de Sênior.

Apesar das dificuldades impostas pela pandemia de Covid-19, o Capítulo segue incansável em seus trabalhos filantrópicos, culturais e filosóficos com o apoio dos valorosos Irmãos da Loja Maçônica Ciência e Trabalho. Atualmente, o Capítulo é composto por 24 membros ativos que juraram perpétua fidelidade às sete Virtudes Cardeais, à Rolândia, ao Paraná e ao Brasil!