sábado, 30 de julho de 2011

Comunicado dos "Heterônimos"....

O heterônimo Bernardo Soares acompanhará Caeiro.
Arquivos (des)conexos, ouviu o Educador Ambiental Daniel Steidle e a Bióloga Pâmela Micheletti sobre o cancelamento do protesto dos "heterônimos" previsto para hoje. Foi explicado que, devido ao fato das fantasias utilizarem materiais não resistentes à àgua (papelão e tinta guache),  o ato poderá ser transferido para o próximo sábado, dia 06. "Nós respeitamos à vontade da Natureza; A chuva é uma benção bem vinda! Aproveitaremos  o tempo adicional concedido para incrementar e confeccionar mais fantasias. Ficaremos felizes em proporcionar um espetáculo à altura do padrão cultural de nossa comunidade e bandeiras..." A imprensa foi informada sobre a transferência de data pela organização.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

"Heterônimos" sairão às ruas!


O heterônimo Alberto Caeiro confirmou presença.
Um protesto bem humorado, com cidadãos usando fantasias, será realizado neste sábado, em Rolândia, para chamar a atenção da população e das autoridades em relação a problemas como: construção de uma fábrica de baterias, violência, pátio de manobras ferroviário, saúde, gastos com publicidade e transparência administrativa. O protesto começará às 9h30, no calçadão. Proprietários rurais, ambientalistas, comerciantes e integrantes do movimento “Acorda Rolândia” estão preocupados com a forma como o destino de Rolândia é decidido, sem participação popular. Segundo os organizadores, o cidadão quer participar, mas tem receio de se expor. Outro motivo para o uso de fantasias é ressaltar que o mais importante é a mensagem, não o mensageiro! Um recurso já utilizado pelo escritor português, Fernando Pessoa.  “Com a fantasia de cidadão podemos, independente de procedência, cor, religião ou partido, encontrar um caminho que nos permita participar pacífica e ativamente do destino de nossa comunidade”, afirma o manifesto do grupo. 

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Temos que planejar o futuro!

Foto by José Carlos Farina.


Estamos acompanhando a polêmica sobre a venda do antigo Posto de Saúde Central e Escola do Trabalho. Trata-se de uma quadra servida por três ruas, uma avenida e linhas de ônibus. Apurou-se que o terreno foi doado pela Compania de Terras Norte do Paraná à Sociedade São Vicente de Paula. A história pode ser conferida no Blog do Farina. Urge verificar as cláusulas expressas na Escritura de Doação. Será que a área pode ser vendida mediante subterfúgios legislativos? Na opinião do ex-Prefeito Leonardo Casado, o terreno deveria ser adquirido pelo Município, a exemplo do que ocorreu, em seu mandato, com o Estádio do Nacional. É fácil imaginar múltiplas finalidades para o local, sejam elas filantrópicas ou governamentais. Como exemplo, podemos citar a futura edificação do Centro Cívico. O edifício da Câmara é alugado; Falta espaço para gabinetes, arquivos, além do plenário ser pequeno; Na Prefeitura, os problemas são mais visíveis: Logística ultrapassada; Falta de espaço; Salas improvisadas; As Secretarias de Educação, Planejamento, os Departamentos Jurídico e Contábil não possuem acesso para Deficientes Físicos! Outras Secretarias estão em prédios alugados... Uma situação inadmissível para um Município com 60 mil habitantes e um dos maiores Orçamentos do Paraná!

terça-feira, 26 de julho de 2011

Paz e transparência em Rolândia!


A livre iniciativa e as liberdades política, ideológica, econômica, religiosa e de expressão são cláusulas pétreas de nossa Carta Magna. Constituem direitos fundamentais da pessoa humana que devem ser exercidos e defendidos. Uma sociedade que silencia não é uma sociedade  democrática. É neste sentido, que arquivos (des)conexos têm acompanhado os passos do movimento supra-partidário acorda Rolândia. A proposta central do grupo foi bem sintetizada pelo Educador Ambiental Daniel Steidle. Um movimento que se propõe a discutir problemas que nos afetam enquanto comunidade, independentemente de visões ideológicas. A iniciativa não pode ser taxada como oposicionista. Seria prematuro demais. Sem dúvida, há causas públicas que extrapolam a esfera da vida privada. Meio Ambiente, mobilidade urbana, saúde e violência são apenas alguns exemplos. A questão da transparência administrativa e dos excessivos gastos com publicidade são outras causas que, em nossa opinião, deveriam ser  debatidas em Rolândia... Não seria inteligente aguardar as eleições para enfrentá-las! Dia 30 de julho, Sábado, às 9:30 hrs, no Calçadão, você poderá expor sua opinião em cartaz, faixa, panfleto, camiseta... sobre os assuntos do momento em Rolândia: Indústria de baterias, trem, hospital São Rafael e violência... Independente de religião, formação ou partido, devemos encontrar um caminho que nos permita participar pacífica e ativamente do destino de nossa Comunidade. Uma merecida festa para nossa Democracia!

sábado, 23 de julho de 2011

A atitude psicológica do socialismo...


O ditador soviético Josef Stalin;

“Desnecessário é dizer que se os pais adotaram o comunismo por coerção, como é a maneira no comunismo-egoísmo, ele não irá agüentar durante gerações, mas irá ser derradeiramente revogado" (Baal HaSulam).
 
Rav Irving Bunim, de Abençoada Memória, possuía um conhecimento enciclopédico do Talmud e demais textos canônicos do Judaísmo.  Também era notável em várias ciências laicas. Em Ética do Sinai, Bunim faz uma sábia análise da atitude equivocada do materialismo dialético marxista. 

Nossa Mishná não silencia sobre Direito Econômico e Social. Para os nossos Sábios, aquele que diz "o meu é teu e o teu é meu" é o am haáretz (o ignorante) (Pirkê Avot, 5:13). Rav Bunim, comenta que a primeira vista, esta atitude parece tão absurda que nos perguntamos porque a Mishná a menciona.

A História mostra, porém, que até os dias atuais, as pessoas continuam a escolhê-la, pregá-la e a tentar viver por ela. É como estabelece a doutrina comunista, "de cada um segundo sua habilidade; a cada um segundo suas necessidades"... A atitude parece prometer bênçãos, mas, por que a Mishná a rejeita como abordagem do ignorante?

A resposta é que esta teoria demonstra total ignorância da natureza humana. Os socialistas não foram os primeiros a formular esta teoria ou a tentar viver por ela.  Muitas e muito custosas foram as tentativas utópicas feitas neste sentido, e todas fracassaram!

Em seu comentário sobre Avot, Rabi Iaacov Emden menciona os essênios descritos por Flavio Josefo, como os primeiros a se ajustarem ao estilo de vida comunitário, no deserto da Judéia. Entretanto, a história demonstrou que não tiveram sucesso. A Bíblia considera a natureza humana tal como ela é para trabalhar com ela e torná-la, gradualmente, melhor e mais santa.

Fato pacífico, muitos dos preceitos da Bíblia pressupõe a propriedade privada; Os essênios pensavam que viviam em uma santidade suprema, acima da própria Torah e quando as pessoas pensam que podem abrir as asas e voar por cima das Leis de Deus (ou das Leis Naturais) geralmente acabam caindo...

Quanto à experiência comunista do "paraíso na terra", há pouco a dizer sobre a farsa do mesmo. O socialismo não abandonou o conceito de propriedade privada. Todo mundo comunista passou a ser propriedade privada  sob controle de uma elite poderosamente armada, tirânica e assassina.

Por trás do fracasso de todas estas sociedades utópicas, desde os essênios em diante, existe um princípio sabiamente estabelecido por Meiri em nossa Mishná: A pessoa que escolhe viver de acordo com esta atitude, escreve, "tem o caráter deficiente, para cobiçar as riquezas dos demais... crendo, em seu íntimo, que a riqueza do próximo é maior que a sua; portanto, a deseja e luta para encontrar maneira de trocar sua propriedade pela do outro". Quantas pessoas sofrem desta doença, quantas estão mortalmente feridas por sua causa!

Por isso, quando o am haárets, adota esta atitude utópica, advoga o princípio de que "o que é meu deveria ser teu, e o teu deveria ser meu - o primeiro com o propósito de obter o segundo - pois a grama do vizinho sempre parece mais verde...

O ignorante jamais vê algo bom em sua propriedade, enquanto na do vizinho não vê sequer uma mosca no mel. Não pensa que com o que possui pode estar melhor que o outro. Mesmo quando o defensor desta "política de intercâmbio" é sincero, ainda há elementos contraditórios;

O Rabi Yehudah Aryeh Leib Alter,  em sua Obra Clássica Sefat Emet, observa: O traço peculiar do am haárets mostra que este começa como chássid, pois diz "o meu é teu". Mas em seguida nos desiludimos, pois diz: O teu é meu - e esta é a conclusão da filosofia do malvado de nossa Mishná. Pois bem. Esta é a característica de todo socialista: O bem e o mal misturados!

Muitos dos preceitos bíblicos implicam a aceitação do sistema de propriedade privada. Isto é essencial na natureza humana, para gerar incentivos e satisfações. É como leciona Rav Bunim: não misturemos de forma tão difusa a propriedade, dissolvendo os tão necessários limites do eu... Permaneçamos dentro dos nossos limites, não tomando injustamente nada que não nos pertença! Atitude, infelizmente, negligenciada por muitos!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Chumbo: COMDEMA volta atrás...


Hoje o novo COMDEMA realizou sua primeira reunião. Antônio Mendonça foi eleito Presidente e Audinil Maringonda Jr, Secretário. Durante a leitura e aprovação da última ATA, surgiu um impasse sobre a instalação de uma indústria de montagem/desmontagem de baterias em Rolândia. A ATA mencionava que um Parecer favorável teria sido aprovado. Contudo, alguns Conselheiros voltaram atrás na decisão. Diante do impasse, a ATA deixou de ser votada, gerando a nulidade do referido Parecer. Ficou decidido que a questão será novamente discutida. Técnicos da UEL também serão chamados para opinar sobre a questão. [Colaborou Pâmela Micheletti, Conselheira Ambiental]. 

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Manchete do Povo agrada Rolândia!


Um órgão de imprensa independente e democrático. Esta é a proposta do jovem Diretor de Manchete do Povo, Rodrigo Stutz. O Jornal pretende levar para as ruas o conteúdo político de Teto de Barro.  A primeira edição esgotou-se rapidamente, repercutindo em todos os bairros. Na comunidade (Eu Amo Rolândia) a iniciativa também foi comentada e elogiada. A primeira edição fez um balanço geral da política municipal. Dez nomes foram cogitados pela população para a disputa eleitoral em 2012. As mais importantes correntes políticas tiveram seus representantes entrevistados. O Jornal preenche uma lacuna aberta pela mídia rolandense que está excessivamente apegada aos Cofres Públicos! 

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Sobre mim...

Paulo Farina by Tayana Michelf.

Sou como alguém que busca valorizar a concordância entre indivíduos, correntes, classes, religiões, partidos e nações; Sou como aquele que crê em uma Realidade Suprema no Universo: O Eterno! Tenho como Irmãos todos os que se esforçam por viver conforme as determinações do Livro dos Livros; Procuro arrepender-me, diariamente, de toda transgressão cometida; Sou, enfim, como todos aqueles que confiam que Justiça e Paz são as razões últimas do Universo Infinito! Contudo, não limito-me a elogiar, louvar e dar esperanças sempre. Onde a crítica é necessária para obter aperfeiçoamento, leciona Bunim, é uma benção fazê-lo e recebê-la de bom grado.

(Rolândia, 12 de Julho de 2011)

terça-feira, 12 de julho de 2011

Acorda Rolândia!

Foto by André Nogaroto.
Rolândia está carente de um movimento supra-partidário que reúna vários setores da comunidade em prol de causas comuns. Contudo, esta carência está prestes à ser relegada ao passado. Através das redes sociais, um movimento plural acabou se materializando na noite de ontem. Nas dependências da  Câmara Municipal  estiveram reunidos ambientalistas, comerciantes, agricultores e populares para pontuar iniciativas em três eixos: Cidade, Saúde e Meio Ambiente. LINHA FÉRREA: É inadmissível que a circulação em Rolândia seja estrangulada pelo pátio de manobras. As tão sonhadas trincheiras estão em fase de projetos. Portanto, serão necessários alguns anos para serem viabilizadas. A passividade de nossa população e lideranças não têm obtido resultados. É urgente a realização de uma manifestação pacífica, porém incisiva: PARAR O TREM! Paralelamente, também serão encaminhados ofícios ao Ministério Público Federal, Estadual e Deputados da região.  HOSPITAL SÃO RAFAEL: Após a recisão do Convênio com a Santa Casa de Misericóridia, o Hospital foi parar na UTI. As campanhas por donativos são válidas em situações de urgência. Porém, devem ser descartadas como solução permanente. Estadualização ou novos Convênios foram sugeridos... CHUMBO: O Movimento Popular cobra maior transparência (e voz) na questão da implantação de uma indústria de montagem/desmontagem de baterias na Gleba do Ribeirão Bandeirantes; COMDEMA: Joni Lehmann, Waldiceu e Jairo Mello garantiram que o Conselho já teria dado um parecer favorável a implantação da indústria de chumbo. A Bióloga eleita pelas ONGs Ambientais, Pâmela Lonardoni Micheletti, afirmou que irá solicitar cópia da ATA, Lista de Presença e Parecer do Conselho. Desta forma, questões obscuras poderão ser exclarecidas. Medidas junto ao Ministério Público poderão ser tomadas oportunamente. MÍDIA: Dos quatro jornais de Rolândia, apenas o JR e Manchete  do Povo cobriram o evento. Fica claro o quanto nossa mídia é apegada aos cofres públicos! Acorda Rolândia!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Com Lula no Planalto!

Paulo Farina e Lula no Planalto. By Ricardo Stuckert.

Em 2003, como representante das oposições no Legislativo, participei do Encontro Nacional de Vereadores, em Brasília-DF. Na época, era Acadêmico de Direito na Universidade Estadual de Londrina. Havia militado na Campanha pró-Lula em Rolândia, nas eleições de 2002. Sabia das características humildes e populares do Presidente, mas não imaginava que chegasse à tanto, quando solicitamos uma audiência com Lula... Parêntesis à imponência arquitetônica do Palácio do Planalto. Fomos recebidos em audiência, no Gabinete da Presidência, às 9:30, conduzidos pelo Pé-Vermelho Gilberto Carvalho. Suei quando a porta se abriu... Em sua mesa, próxima aos vitrais do Gabinete, Luíz Inácio Lula da Silva despachava, saboreando suas cigarrilhas confeccionadas com o mais puro tabaco! Na Mesa de Reuniões, encontravam-se Luiz Gushiken e José Dirceu, a quem fomos apresentados.  O então Ministro da Casa Civil, surpreendeu-nos ao georeferenciar Rolândia e associá-la à sua maior expresssão política no cenário mundial, Caio Koch-Weser. Lula, rapidamente aproximou-se com o seu peculiar carisma político.  Ofereceu-nos café e uma das suas saborosas cigarrilhas. Fez com que nos sentíssimos em casa. Contou um de seus causos, ouviu nossas reinvidicações e posamos para as lentes de Ricardo Stuckert. À Lula cabe os méritos pela inserção soberana do Brasil no cenário internacional. Neste quesito, parêntesis à atuação do Chanceler Celso Amorim. Na área econômica, Lula deu continuidade ao Plano Real, à política de superávit primário e à Lei de Responsabilidade Fiscal. Lula é um dos maiores líderes populares da História do Brasil. Basta analisarmos a eleição da estreante Dilma Rousseff...

domingo, 3 de julho de 2011

Do Pico Agudo à Rolândia!


Todos os Pés-Vermelhos que possuem alguma ligação com nossas florestas, Montanhas e tradições, conhecem o fantástico Cipó de São João [Pyrostegia venusta]. O nome popular está relacionado ao fato das flores serem empregadas na decoração das Festas de São João. Produz muitas inflorescências, compostas de pequenas flores alongadas e alaranjadas em pleno inverno. Seu cultivo é fator de atração de beija-flores! Na medicina alternativa, é indicada contra diarréias, leucoderma, vitiligo, além de ser tônico natural. As partes utilizadas são as flores, folhas e raízes. Em minha penúltima ascenção ao P.A., tive a oportunidade de coletar sementes deste belo Cipó. Em apenas um ano após o plantio, tivemos a primeira (de muitas) floradas no Refúgio Peroba Rosa! 

sábado, 2 de julho de 2011

Adeus, Itamar!


Faleceu hoje, aos 81 anos, no Hospital Israelita Albert Einstein, o ex-Presidente Itamar Franco. Receba o reconhecimento do Povo Brasileiro pela maior realização de seu mandato: O Plano Real.  Itamar estimulou o então Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso a reunir uma equipe econômica da mais alta capacidade intelectual. Tiveram o mérito de colocar em prática a teoria embrionária dos renomados Economistas Pérsio Arida e André Lara Rezende, resultando na tão almejada estabilidade econômica. Segundo Saga Brasileira, p. 35, o Plano Larida "era de ruptura com a velha ordem. Numa das versões dos artigos escritos a quatro mãos, a proposta concreta foi a de se criar uma nova moeda. o NC: novo cruzeiro. Quem relê hoje esses textos iniciais lembra mais do real do que do cruzado. A proposta era fazer uma reforma monetária, introduzindo uma nova moeda na economia. Seria uma moeda indexada, corrigida diariamente. Lentamente todos os contratos, depósitos bancários, preços de bens e serviços seriam convertidos para esta nova moeda. O cruzeiro continuaria com sua trajetória de inflação e perderia diariamente valor diante do NC, novo cruzeiro. Aos poucos a economia escolheria a nova moeda e abandonaria a velha". Como se vê, eis a síntese do ousado Plano Real...

Uma noite no cume do Sul do Brasil...

Alvorecer no Cume do Pico Paraná


"A primeira peregrinação à Montanha, a gente nunca esquece"...  Outro  adágio, sabiamente, preceitua: "O destino do candidato será selado em sua Iniciação"... A responsabilidade dos "padrinhos" está, pois, suficientemente demonstrada por estas breves linhas introdutórias...

Pois bem. Meus amigos Cabrini, Vinão e Lucas Zerbinatti motivados pelo popular Irmão "Gambiarra" - rolandense radicado em Curitiba -  decidiram iniciar-se ao Montanhismo no Pico Paraná, o "Everest" do Sul do Brasil... Fiquei honrado com o convite para participar da solene ocasião...

O Projeto era partirmos de Rolândia, sexta às 24:00 hrs e iniciarmos a ascenção na manhã de Sábado. Incerto quanto as condições climáticas, descartei a "paraguaia"... Iríamos com as barracas do Vinão e do Cabrini. Começei a arrumar as "tralhas" às 10:00 hrs e esqueci que os specs eram por minha conta...

Já estávamos em Londrina, quando o Vinão me perguntou se eu havia trazido os specs... - P.q.p., esqueci! - Liga para o Gambiarra e peça para ele arrumar em Curitiba. Imediatamente, tentamos contacto telefônico. Todas as chamadas foram infrutíferas... Teríamos que improvisar...

Em Mauá da Serra, paramos em um Posto para fazer um lanche e tomar um Café. Estava preocupado com a falta de specs e para minha alegria descobri, atrás do Posto, uma obra demolida. Imediatamente eu e o Vinão passamos a garimpar ferros nos entulhos...

Encontramos alguns que foram entortados pelo Lucão. Problema solucionado, seguimos viagem...O tempo estava fechado em Curitiba. Na Serra, o tempo estava ainda pior... Para tentar consolar a galera, fiz um resumo da tripp no Pico Ciririca - mas o relato acabou por aumentar a tensão!

Para nossa imensa alegria, ao chegarmos na  Fazenda Pico Paraná, o tempo estava aberto. O Gambiarra ainda não havia chegado. Deixei minhas expectativas "ciririquenses" para trás e colocamos o pé na trilha! No Getúlio, mar de nuvens para a alegria da galera! O pessoal já indagava-me se estávamos perto...


Respondi com um sorriso maroto e expliquei que ainda faltava muito. Tocamos em frente, pessoal animado, clima ideal. Afinal, participaria de mais um final de semana no Ibitiraquire sem chuva e frio!

Logo após contornarmos o Pico Caratuva é que a galera foi perceber a extensão do desafio que teríamos pela frente! A visão do Pico Paraná, distante e imponente fez todos caírem na real...

O Lucão arrependeu-se de subestimar a montanha, ao preparar a mochila... Talvez devido a insuficiente pesquisa - ou até devido à minha negligência - ele levou -  para nossa alegria - comida demais, vinhos, roupas, até toalha (?)... Mas, o ânimo da galera estava imbatível com o colossal PP como pano de fundo!

Chegamos ao A1 às 11:30 da manhã. Tocamos adiante, pois havia muita gente na Serra e temia que não encontrasse um lugarzinho no A2. A galera foi valente (o Vinão já dava sinais de exaustão) quando chegamos ao A2 às 13:30 hrs... Foi desanimador constatar que todos os lugares já estavam ocupados...



Entrevistamos um pessoal que havia descido do cume... Nos foi revelado que não havia ninguém acampado lá em cima... Não havia, afinal, razões para aumentarmos a "densidade demográfica" do A2. Em Assembléia, chegamos a conclusão que não tínhamos outra alternativa: Agora era cume ou cume!

Perguntei quem me acompanharia à "mina" das encostas do A2 para buscar água. O Lucão, sempre prestativo se ofereceu. Descemos e, ao chegarmos, fila! A "mina" estava quase seca. Foi muito lento processo de encher os cantis e levamos uma hora para nos abastecermos do precioso líquido!

Neste ínterím, o Vinão e o Cabrini puderam recompor as energias. Tão logo chegamos, partimos para o cume. A galera já dava mostras de exaustão. Ao nos aproximarmos do Falso Cume já esperava a tradicional pergunta, que não tardou a vir: Chegamos? Respondi que não se tratava do verdadeiro cume...

Ainda havia um pequeno trecho a ser vencido... O Vinão e o Lucão chegaram perto do limite. Deveras, é penoso subir até o cume do PP sobre-carregado. Mas, enfim, chegamos às 17:00 hrs... Nenhum sinal do Gambiarra. Ele viria? Todos acreditavam que sim. Montamos o acampamento no local delimitado...

Os specs saíram melhor que a encomenda. O Lucão logo começou a distribuir sua farta alimentação à todos... Sobrou até para os "abusados" camundongos da Montanha! Eram 17:30 quando o Lucão pegou seu ótimo Vinho Chileno, queijo,  salame, amêndoas, etc e foi à pedra do cume para ceiar no Por do Sol...

Eu ainda estava arrumando minhas coisas, quando escutei a conversa do Lução com alguns Irmãos da Confraria, reunidos no Cume, para as tradicionais festividades do Por do Sol. Logo caiu a ficha! O carismático jeitão do iterlocutor de meus comparsas de Rolândia só podia ser o... Malinha!

Saí da barraca e eis que o próprio vinha em direção a nosso acampamento: - Graaande Farina! Quem diria, meu comparsa de Ciririca também estava na Serra naquele fim de semana! - Graaande Malinha! - Que mundo pequeno ein? Era aniversário do Malinha e após as felicitações, colocamos os assuntos em dia...

O Gambiarra chegou logo em seguida com a namorada. Montou as pressas sua barraca e foi apreciar com todos o Por do Sol! Fantástico! Indescritível! Concluídas as festividades, despedimo-nos dos vários Irmãos do A1 e ficamos sozinhos no Cume do Sul do Brasil!

Ceú limpo. Avistamos as luzes de Paranaguá, Curitiba e das pequenas comunidades que, ao longe, rodeiam a Serra do Mar. A observação astronômica estava impecável, os ventos moderados e a temperatura fria, porém muito agradável. Após algumas horas de conversas e observações retiramo-nos...

Noite de sono tranqüilo. Acordei às 4:00 horas da manhã. Saí da barraca para fumar um cigarro de palha. No horizonte distante uma singela linha de luz alaranjada era o prelúdio das Festividades do Alvorecer. O Gambiarra me escutou e também se colocou ao ar livre... Ficamos ali, quietos, meditando...

Decidimos deslocar os  poucos metros que nos separavam do Cume e ao chegar lá não ficamos muito, pois eram fortes as rajadas de vento e o frio. Voltamos à barraca para nos agasalhar. Perto das 5:30 da manhã começaram a chegar os primeiros Irmãos de Montanha para assistir o nascer do Sol...

Às 6:30 já havia uma dezena de pessoas no Cume. O Alvorecer foi inebriante... Sorrisos irradiavam do rosto de todos. Terminado o espetáculo, desmontamos acampamento e partimos. Era Domingo e muitas equipes já haviam deixado o tradicional A2. Descida tranqüila repleta de encontros pela trilha...

Chegamos a Fazenda perto das 13:00 horas. Logo fomos tomar uma cerveja. O Malinha fez a cortesia de me pagar uma - em comemoração ao seu Aniversário. Todos felizes, almoçamos no Tio Doca, despedimo-nos do Gambiarra - e namorada - e rumamos ao Norte do Paraná!


Os Espíritos Livres, Gambiarra, Vinão, Paulo Farina e Cabrini - by Lucas.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Vida longa ao Real!

FHC: O Estadista do Novo Brasil!
Vou pegar carona com a Presidente Dilma e elogiar um dos maiores Estadistas Brasileiros contemporâneos: O Sociólogo Fernando Henrique Cardoso. Muitas foram suas conquistas na Vida Pública.  Dentre elas, destacam-se a Lei de Responsabilidade Fiscal e o Plano Real. A tragédia inflacionária brasileira foi provocada, em suma, pela "farra" nos gastos públicos da era militar. As estatísticas do IBGE registram o tamanho da hecatombe monetária: Nos 15 anos anteriores ao Plano Real, a inflação acumulada foi de 13.342.346.717.617,70%, em resumo, 13 trilhões e 342 bilhões por cento. Nos quinze anos posteriores ao Real, a inflação acumulada foi de 196,87%. A estabilização da economia captaneada por FHC e Itamar Franco retirou milhões de trabalhadores da extrema pobreza. A Lei de Responsabilidade Fiscal, aliada à política de superávit primário, foram alicerces do controle da inflação, além de possibibilitar que o Brasil enfrentasse várias crises globais. Atualmente, vivemos uma nova pressão inflacionária. Segundo economistas, tal fato foi motivado por execesso de gastos no final da era Lula. Dilma acertou ao promover cortes no orçamento. No entanto, vários analistas apontam que tais cortes foram tímidos. O Brasil não pode arriscar-se com a volta da inflação. Todos os avanços sociais e econômicos seriam demolidos! A obra Saga Brasileira, p. 11, da jornalista Miriam Leitão, registra a história de um povo que passou por ansiedades e dores, suportou agressões aos seus direitos, (...) acreditou uma vez, duas, seis, quantas vezes foram necessárias; sofreu e torceu por uma moeda estável. Para alcançá-la foi preciso desmontar armadilhas, quebrar rotinas, reorganizar o país, ousar. Tem sido ainda necessário persistir e não esquecer o destino desejado... O maior bem dos Brasileiros é sua moeda!