Quando pequeno admirava meu avô
em seu ritual de preparar e fumar seu cigarro de palha com o bom e velho fumo Tietê. Não levei muito tempo para aprender a fazer cachimbos de argila
e bambu que carregava, em minhas andanças pelo mato, experimentando todas as
ervas que encontrava pelo caminho... Minhas preferidas eram hortelã, cabelo de
milho e folhas de chuchu. O primeiro tabaco foi presente do Piu, amigo do Tio
Roger: Borkun Riff cherry! Na adolescência, os amigos
começaram a descobrir o cigarro, as bebidas... Uma vez desci com a tropa a um cafezal próximo de casa para experimentar o ‘maledeto’ cigarro. O sarro foi
geral! Como não sabia tragar, logo me apelidaram de Continental. À época
aprendi a tragar, acabei abandonando o pipe e abraçando o Marlboro.
Péssima escolha. Foram 20 anos de cigarro, 10 deles fumando palheiros. Aos
35, fui acometido de uma tosse infernal. Fiquei 3 anos sem fumar. Traumatizado
com o hábito de tragar só fui criar coragem para retornar ao pipe há 3 anos.
Que diferença! Tosse zero e melhor rendimento nos esportes: 3 km de natação e
uma hora de musculação por dia. Aos finais de semana, 20 km de corrida. O montanhismo
continua firme sempre que surge uma oportunidade. Nestes anos
experimentei diversos tabacos nacionais e importados. Os nacionais evoluíram bastante (destaque ao Finamore e Giovanella) e
o custo benefício em relação ao cigarro (econômico e físico) são evidentes. Pipe aceso e saudações à Confraria!