segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O recomeço da História!


By José Carlos Farina.

A polêmica sobre a demolição do Hotel Rolândia chegou a um final - ou melhor - recomeço feliz! Após a Ação Popular protocolada pelo Advogado José Carlos Farina e as várias manifestações contrárias à demolição em Blogs, Rádios, TVs e Jornais de toda região, a Prefeitura cassou o Alvará de Demolição e comprou o Hotel Rolândia. O prédio será transferido para uma área pública e abrigará um Museu Municipal! Parabéns a Prefeita em exercício, Sabine, pela atitude histórica!

Sanepar abandona Rolândia!


Um fato lamentável nos chamou a atenção durante este final de semana chuvoso. Devido à ausência de sargetas na parte final da Rua Monteiro Lobato, Jd. Roland, as águas pluviais acabaram por erodir e expor a rede de abastecimento da Sanepar (que acabou por se romper). Segundo apuramos com os moradores, o fato se deu à 1:00 h. da manhã de Domingo. O problema é que Agência da Sanepar de Rolândia não possui uma única equipe de plantão para atender eventuais emergências... Assim sendo, o vazamento continuou até hoje (segunda-feira), quando a Agência de Rolândia retomou suas atividades! Diante do exposto, são cabíveis as seguintes indagações: 1- Será que um Município com 50 mil habitantes não merece maior atenção? 2- Será que a prestação de serviços públicos essenciais podem ser paralizadas aos finais de semana? Com a palavra o Prefeito, os Vereadores e a referida empresa...   

domingo, 30 de janeiro de 2011

A magnífica Serra Grande...

Os Paredões da Serra Grande!
  
Nem só ao Pico Agudo é dirigida a devoção dos Montanhistas Pés-Vermelhos. Qual de nós, ao chegar ao ponto culminante da Serra dos Agudos, não se encantou com a imponência da Serra Grande (magnífica chapada de aproximadamente 6 km de extensão e 450 metros de altura) à oeste do Rio Tibagi em Ortigueira, Bairro Natingüi? Todos, seguramente!
 Devo agradecer aos Irmãos de Montanha, Zero, Azevedo, Pantoja, LG e Pacheco pela oportunidade ímpar de peregrinar pelo setor ocidental do Templo do Montanhismo Norte Paranaense...
 Corria o verão de 2009... O projeto era partirmos de Londrina, em um 4x4, rumo à Serra Grande para uma travessia Sul-Norte, via cume. 
 Mal havia conseguido pegar no sono (era grande a ansiedade e expectativa) e o telefone toca. Era Pantoja. Afirmou que tão logo fossem concluídos os reparos mecânicos, o Zero iria me buscar.  Olhei para o relógio, era 1:30 da matina e o Zero só foi aparecer às 5:30...
 Fui apresentado ao pessoal com “The piper at the gates of down” como pano de fundo musical. Alguns tragos no “Tabaco de Montanha” e as estrelas no firmamento anunciavam um iluminado final de semana! 
 Entramos no Jeep (em um aperto danado) e partimos rumo à Tamarana... Às 8:30 passamos ao largo da Serra do Arreio e logo chegamos à Ponte sobre o Rio Apucarana Grande. A partir daí, a estrada torna-se mais “off-road” com  travessias de rios e ladeiras...




Após duas horas, vencemos um grande aclive sob sol escaldante... O belíssimo azul de verão era a moldura ideal para a Serra Grande! A “estrada” ainda nos reservava belos ângulos dos paredões do Morro do Taff e do cume do Pico do Portal, ambas formações da Serra dos Agudos.
 Após abrirmos e fecharmos várias porteiras, cruzamos a Serra Grande e o Morro do Meio, único acesso a sede da Fazenda, onde deixamos o Jeep e iniciamos a caminhada...
 Já eram 16:00 hrs quando colocamos o pé no carreador que leva ao cume. Ascendíamos de maneira rápida. Enquanto o Pico Agudo escondia-se ao Oriente, a Serra do Cadeado e Pedra Branca descortinavam-se ao Ocidente. 
 Após uma caminhada sem maiores percalços, chegamos ao cume de espantosa amplitude! Optamos por seguir o lado ocidental do Vale. Caminhamos uns três ou quatro quilômetros quando chegamos ao fim da trilha! Seguiríamos? Em Assembléia, decidimos que o retorno era a atitude mais plausível diante do por do sol iminente.
 Montamos acampamento sob um grande Ingá ferradura (Ingá sessilis), próximo ao abençoado Córrego do Cume. Lual sem nuvens, com direito a muito Tabaco de Montanha, Tequila e um show de estrelas cadentes...



Ao abrigo do vale, a calmaria era total e a temperatura extremamente agradável. Acordamos sob um azul intenso, com direito a uma ducha refrescante no Córrego.
 Curados da “ressaca”  decidimos retornar em direção à face oposta, na ânsia pela visão do Cânion, Pico Agudo e Serra do Cadeado.
 Conforme deixávamos o vale  e nos aproximávamos do cume um imenso mar de nuvens descortinava-se!Parêntesis as belíssimas formações de palmeiras Jerivás (Syagrus romanzoffiana). Um pouco mais acima (rumo norte) chega-se a um amplo campo repleto de Dyckias que emoldura os fantásticos precipícios montanha abaixo e os imponentes paredões do Pico Agudo à frente.
 Regateamos no campo por algumas horas, quando nos demos conta que uma boa pernada nos aguardava morro abaixo. Retornamos com direito a um visual  deslumbrante do Morro do Meio e Pico do Portal.




 Não realizamos a travessia, mas não havia do que reclamar.  Contornaríamos a Serra Grande de Jeep em uma trilha alucinante, no interior do Cânion mais profundo do Estado do Paraná.
 Curtindo “ummagumma” chegamos a “Távola Redonda” abaixo da maior Figueira Branca que  vi em minha vida! Como se não fosse suficiente, ainda éramos abençoados com uma visão espetacular da face totêmica do Pico Agudo.
 Próximo ao por do sol contornamos o lado norte da Montanha e paramos para as tradicionais festividades de crepúsculo,  em um local batizado como Observatório. 
 Assim que caiu a noite,  extasiados, enfrentamos em estado de semi-torpor os vários quilômetros de estradas "off-road" e de asfalto que  separavam o Templo dos afazeres diários mundanos...