sábado, 19 de março de 2022

Preconceito estético e as eleições de 2022!

Já fui esquerdista e dos mais tresloucados! Fazia verdadeiros malabarismos mentais para tentar justificar a ideologia. Estudava com afinco a história da União Soviética e seus satélites na tentativa de encontrar uma explicação para os horrores e o colapso do socialismo. Anos mais tarde fui encontrá-la na Escola Austríaca de Economia.

Recordo do meu processo de conversão: Após perder a fé no socialismo e transitar  algum tempo pela social democracia, o mais difícil foi vencer o preconceito lastreado pela estética politicamente correta. Confesso que nas primeiras vezes que me rotularam como “direitista” e “reacionário” um calafrio percorreu minha espinha...

Há quinze anos, não existia movimento liberal-conservador organizado no Brasil. Havia Olavo de Carvalho, a Escola Austríaca incipiente e algumas tímidas vozes dissonantes da hegemonia esquerdista na mídia e na internet. Me sentia em um deserto e as perspectivas políticas eram as piores possíveis no curto e médio prazo...

Os eventos de 2013 marcaram o início do meu rompimento com o preconceito estético. Creio que para muitos. Já não me incomodavam os rótulos que os antigos “companheiros” lançavam contra mim. Pelo contrário: De liberal envergonhado passei ao contra-ataque em meu blog pessoal e em uma coluna semanal que mantinha no Jornal Manchete do Povo. Era o que estava ao meu alcance...

No curto espaço de três anos, conseguimos o inimaginável impeachment da quadrilha do PT & CIA. No cenário político, entretanto, não tínhamos um panorama viável no campo liberal e conservador. Todos se lembram: Bolsonaro era uma figura caricata e constantemente ridicularizada pela grande mídia.   

Novamente, foi preciso coragem para romper o preconceito e apoiar o candidato de um partido nanico, sem tempo de televisão e coligações. Para a surpresa geral, o crescimento de Bolsonaro foi exponencial deixando o establishment atônito e motivando a tentativa de assassinato perpetrada por um ex-filiado do PSOL. O final da história, sabemos: Contrariando todas as pesquisas, Bolsonaro foi eleito!

Mesmo diante do sucesso de seu governo nos mais variados setores (apesar da pandemia, guerra na Ucrânia, complô midiático e ativismo do STF) é preciso reconhecermos que o preconceito estético contra Bolsonaro é resiliente mesmo entre eleitores que não são esquerdistas. Obviamente estes eleitores, direta ou indiretamente, ainda são influenciados pelas narrativas fabricadas pela intelligentsia.

Pragmaticamente, o cenário em 2022 é mais favorável: Temos milhões de militantes que já venceram esse preconceito inconsistente. Estamos mais organizados. Nossa capacidade de mobilização foi novamente demonstrada no último 07 de setembro. Teremos tempo de televisão, coligações e palanques em todos os Estados. Nas redes sociais o engajamento é forte ao ponto dos nossos adversários apelarem para a censura. Entretanto, é preciso não demolir pontes com eleitores em potencial e desenvolver estratégias para combater o preconceito estético que segue sendo reverberado pela mídia enviesada.