Satã, certa vez,
encontrou duas pessoas, uma invejosa e a outra cobiçosa. Ele disse: Que um de
vocês peça algo e lhe será concedido; o outro, porém, receberá o dobro. O
invejoso não queria tomar a iniciativa, para que seu companheiro não recebesse
nada em dobro, mas o cobiçoso insistiu em que o outro fosse o primeiro a falar.
Finalmente o invejoso pediu para que um de seus olhos fosse arrancado, assim o
cobiçoso perderia dois! Comentário
do Rav Bunim: Analogamente, esses dois vícios não
são maus por si só. Apenas o modo como eles "funcionam" dentro das
pessoas, são forças destrutivas. Fato pacifico, eles podem ser usados e
canalizados para bons propósitos. O Talmud nos diz: A
inveja do estudioso aumenta a sabedoria. Devemos nos lembrar que na antiga
tradição judaica, nenhum traço ou capacidade humana é visto como inerentemente
bom ou mau. Observe qualquer qualidade ou aspecto da natureza humana e verá que
tal afirmação é verdadeira. Por exemplo: Nossa herança valoriza a submissão ou
a agressividade? A humildade ou o orgulho? Tudo depende da hora, local ou
circunstância!
Fonte: Irving
Bunim, A Ética do Sinai: Ensinamentos dos Sábios do Talmud, p. 291 e 292.
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